10 agosto, 2009

Design. História.

Procurando esses dias na internet sobre maiores referências sobre história do design me deparei com uma cronologia bastante interessante de artigos separando essa história em períodos, eram essas: pré-história, antiguidade, idade média, idade moderna, modernismo e pós-modernidade.

“O design gráfico pré-histórico foi a produção cultural dos homens da diretamente ligada à comunicação visual.”

Afirmar que na idade pré-histórica a produção visual já podia ser chamada “design” dá margem para que os micreiros, confeiteiros, cabeleireiros e outros eiros – não duvide que os engenheiros também vão querer – possam escrever em suas placas cake design, hair design e a mais nova profissão: o designer de forminhas.

“O design gráfico na idade média refere-se à comunicação visual desenvolvida no período entre a desintegração do Império Romano do Ocidente, no século V (476 d.C.), e terminado com o fim do Império Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (1453).

Então Nero, revoltado com a ascensão que Micreiratos teve na criação de layouts para as colunas do Foro Romano, decidou por fogo em Roma, porque apesar de constar em seu curriculo graduação em curso superior de desenho industrial pela Universidade Romana de Arte e ter um portfólio invejável, não tinha contatos profissionais porque, enquanto formado, obviamente cobrava muito mais caro pelos seus serviços, portanto perdia trabalhos para Micreiratos.

O design gráfico na idade moderna refere-se à comunicação visual desenvolvida no período entre a tomada de Constantinopla (1453) e a eclosão da Revolução Francesa (1789). Mas para essa história do design gráfico, o grande marco inicial é a impressão da Bíblia de Gutenberg (1455), a primeira grande revolução na comunicação em massa. O final desse período será na Revolução Industrial, abrindo caminho para o design moderno.”

Robespierre, famoso designer responsável pela identidade visual da maioria dos estabelecimentos franceses, acabou sendo preso quando abriu um processo contra o publicitário Jean Paul Marat, por esse estar realizando trabalhos de competência do designer.

Ah, um ponto positivo! Realmente a impressão com tipos móveis de Gutenberg foi um marco para a história dos meios impressos, embora haja um contraponto de que na verdade os tipos móveis foram inventados na China. De toda forma, é muito abrangente chamar qualquer comunicação visual de design gráfico. Ora, dessa forma o que difere o trabalho profissional de um leigo? Isso tornaria as crianças designers bastante precoces.

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Falando sério agora...

“Design, arte e artesanato têm muito em comum e hoje, quando o design já atingiu uma certa maturidade insitucional, muitos designers começam a perceber o valor de resgatar antigas relações com o fazer manual. Historicamente, porém, a passagem de um tipo de fabricação, em que o mesmo indivíduo concebe e executa o artefato, para um outro, em que existe uma separação nítida entre projetare fabricar, constitui um dos marcos fundamentais para a caracterização do design” (CARDOSO, 2004).

Esse trecho do autor Rafael Cardoso delimita um pouco o surgimento do design: enquanto profissão onde projeto e concepção estavam em etapas distintas, o design obrigatoriamente surge então concomitante ou posterior à revolução industrial, onde os projetos eram feitos para a produção em série. O problema dessa concepção é que na antiguidade muitos objetos em cerâmica eram produzidos em série.

Não tirarei conclusões aqui sobre o que é certo ou errado, afinal, não sou – em nada – conhecedora do assunto. Mas pelo menos tenho certeza que pintura rupestre não é design. Na verdade, o principal objetivo desse texto é mostrar mais o que não é design, e essa concepção relativamente tosca foi bastante útil para fazer trocadilhos que remetem à situações cotidianas hoje, sobre problemas que o designer enfrenta durante sua vida profissional.